A directora do Prémio Nacional de Publicidade (PNP) defendeu a necessidade de valorizar a capacidade nacional na criação de conteúdos, soluções e estratégias de marketing para o mercado cabo-verdiano.
Maria Martins falava à imprensa, na cidade da Praia, no encerramento do workshop “Um mergulho no cinema africano”, realizado no Palácio da Cultura Ildo Lobo, no âmbito da programação da 7ª edição do Prémio Nacional de Publicidade.
O evento, que contou com a participação de profissionais da área de comunicação e marketing, teve como formador o renomado cineasta brasileiro Joel Zito Araújo, cuja carreira tem na África sua temática.
“Como empresa de marketing, nós criamos e sentimos a necessidade de a capacidade nacional ser valorizada. Quando eu falo da capacidade nacional, capacidade em termos de criação de conteúdos, criação de soluções e estratégias de marketing para o nosso mercado”, afiançou.
Segundo Maria Martins, a missão da organização é muito mais do que uma simples premiação, reporta à Inforpress.
“Costumo dizer que o prémio é mais do que uma gala, o prémio é uma comunidade, uma comunidade que queremos que seja o mais alargada possível”, considerou a directora da PNP justificando a vinda do cineasta a Cabo Verde para partilhar a sua experiência.
Durante o workshop, Joel Zito Araújo compartilhou suas experiências sobre a evolução do cinema africano, abordando desde os pioneiros até as produções mais recentes que moldam a narrativa cinematográfica do continente.
Segundo Maria Martins, a história também permitiu que os profissionais participantes desse workshop saíssem “mais enriquecidos” nas várias narrativas que o cinema africano apresenta.
O presidente da Associação de Cinema e Audiovisual em Cabo Verde (ACACV), Júlio Silvão Tavares, que participou da formação, também destacou a importância de iniciativas como essa para o desenvolvimento da cinematografia local.
Aquele responsável ressaltou que Cabo Verde deve continuar a se inspirar nas produções africanas para fortalecer a sua própria indústria cinematográfica.
“Precisamos mergulhar nos filmes feitos por africanos, com uma visão africana, para contar nossas próprias histórias com autenticidade”, enfatizou Júlio Silvão Tavares.
Vale destacar que o PNP é da autoria da EME-Marketing & Eventos, organizado com a parceria institucional do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, que é também o padrinho do Prémio.