
A cantora Verónica Lii lança, esta sexta-feira, nas plataformas digitais, o seu novo ‘single’ intitulado “Je t’aime à la folie”, em homenagem à prima que sofria de alopecia.
A artista contou à Inforpress que o ‘single’ nasceu da vivência da sua prima, que, ainda em criança, viajou para a Europa para tratar problemas cardíacos, mas com o tempo começou a sofrer de queda de cabelo, situação que afectou profundamente a sua autoestima.
“Ela começou a perder o cabelo aos poucos e, durante anos, os médicos não conseguiam encontrar um diagnóstico preciso. Isso afectou muito o seu bem-estar emocional. A música surge como uma forma de transformar essa história em arte e inspiração”, disse Verónica Lii.
A cantora explicou ainda que, além da homenagem, a música tem como propósito desconstruir a ideia de que a beleza está exclusivamente ligada ao cabelo ou à aparência física.
“Queremos mostrar que uma pessoa é muito mais do que o cabelo que tem. Hoje, a minha prima anda com a cabeça descoberta, com orgulho, e usa peruca apenas como acessório, quando quer. Isso é um sinal de força e de autoestima recuperada”, realçou.
A intérprete, que avançou que muitas mulheres e homens vêm enfrentando esta realidade, admite que o tema ainda é pouco falado na sociedade daí a necessidade de dar a conhecer.
“A música é uma ferramenta poderosa de cura e transformação social. Uma simples piada pode magoar profundamente. Precisamos parar com isso e dar mais força a quem passa por essas situações”, afirmou.
A artista, que tem abordado frequentemente temáticas sociais na sua carreira, recordou que há cerca de cinco meses lançou a música “Mi só”, que trata da depressão e saúde mental, reforçando o seu compromisso em usar a arte como forma de sensibilização e empoderamento.
O videoclipe da música, segundo a mesma, também conta com elementos reais da história e pretende reforçar a mensagem de superação, amor verdadeiro e aceitação pessoal.
“Esta música é uma chamada de atenção para todos. Vivemos numa época em que se valoriza mais o material do que a essência das pessoas. Precisamos voltar às raízes e valorizar o caráter, o respeito e o amor próprio”, concluiu.