
O Grupo Intergovernamental de Ação contra o Branqueamento de Dinheiro em África Ocidental (GIABA) organiza durante 3 dias uma Formação Regional para Jornalistas sobre Investigação de Crimes Económicos e Financeiros em Bissau, Guiné-Bissau, de 22 a 24 de setembro de 2025.
O evento reunirá 40 jornalistas oriundos dos Estados-Membros da CEDEAO, incluindo organizações de média nomeadamente imprensa escrita, eletrónica e online, com foco no reforço das capacidades dos jornalistas em matéria de reportagem de investigação.
Segundo o comunicado da organização o workshop foi concebido para ajudar o GIABA a reforçar uma aliança sólida com os média de forma concertada para a divulgação eficaz de informações sobre questões relacionadas com a luta contra o branqueamento de capitais e o combate ao financiamento do terrorismo (LBC/CFT); manter os média social informados sobre as iniciativas regionais de LBC/CFT, em particular o mandato do GIABA; e proporcionar aos jornalistas uma oportunidade de adquirir técnicas de recolha de informações e investigação.
Além disso, a formação visa incentivar os média a cultivar internamente a cultura de investigação das práticas de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo (BC/FT). Também visa fortalecer a rede de jornalistas em seu esforço para garantir uma divulgação mais eficaz de informações sobre os regimes LBC/CFT.
A mesma fonte avança que o workshop será conduzido por uma equipa de especialistas e profissionais experientes do Secretariado e por especialistas, através de apresentações plenárias, estudos de caso, partilha de experiências, exercícios de grupo e simulações.
Os média desempenham um papel fundamental na promoção da boa governança, garantindo a otimização dos recursos do Estado, facilitando a proteção dos direitos dos cidadãos e assegurando a exposição de funcionários e práticas corruptas. Os média também atuam como agente de mudança, especialmente como defensor do combate à corrupção. Portanto, a importância dos média na divulgação de mensagens sobre a LBC/CFT não pode ser superestimada.
Tradicionalmente, na vanguarda da implementação das normas LBC/CFT estão as agências de repressão criminosa e reguladoras/supervisoras. No entanto, dada a imensidão das questões envolvidas, a base de partes interessadas foi aprofundada e alargada para incluir entidades não tradicionais, a fim de garantir uma abordagem holística e complementaridades.
O GIABA reconhece o papel fundamental dos jornalistas na cadeia de informação sobre branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo. Como responsáveis pelo conteúdo das notícias, os editores decidem se devem dar destaque a uma notícia sobre branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo (BC/FT) ou relegá-la para segundo plano.
Recorde-se que o GIABA realizou uma série de formações e programas orientados para os média com o objetivo de facilitar a compreensão dos jornalistas sobre questões relacionadas com a LBC/CFT. Um dos principais resultados destes programas foi a criação de uma rede regional de jornalistas envolvidos na reportagem de crimes económicos e financeiros em maio de 2010, em Freetown, na Serra Leoa.