
A artista mindelense Ceuzany acaba de lançar o seu mais novo álbum intitulado “Nô txal tê li”. Composto por dez faixas musicais, o álbum conta com a produção de Hernany Almeida.
A Tout Mes Amis, Mi Sô Ness Mund, Nta Seta, Nutridinha, Nô Tchal Tê Li, Ô Papa, Riola de Casal, Sem Ninguém, Tão Nice e Tram Tchon são os temas que fazem parte deste álbum, que já está disponível em todas as plataformas digitais.
Segundo uma nota da Harmonia, “Nô txal tê li”, o single que dá nome ao novo disco da artista, aborda de forma directa a violência doméstica.
“A artista dá voz a uma história de amor numa relação assinalada pela paixão e esperança que se transfigura num ciclo de agressões físicas e emocionais. Confrontando a perda de alegria, a agressão e o apagamento da sua própria luz, a protagonista encontra finalmente a coragem ao reconhecer o impacto destrutivo da relação e escolher o seu próprio caminho”, relata.
A Harmonia frisa que Ceuzany trata a violência doméstica com sensibilidade e força, transformando uma realidade dura num hino de libertação e afirmação pessoal. “Reforça a importância de dar visibilidade a histórias de sobrevivência, afirmando o direito à dignidade”.
A mesma fonte destaca que, com palavras de Manuel De Novas e música de Hernany Almeida, o inédito “Riola de Casal” une as vozes de Ceuzany e Fábio Ramos numa sátira à traição expressa na gíria popular do Mindelo.
“Entre humor e ironia, o autor retrata situações do quotidiano amoroso, preservando a autenticidade e o sabor característico mindelense”, cita.
Com “Nutridinha”, o emblemático tema popularizado por Cesária Évora, a artista celebra a tradição musical de Cabo Verde enquanto aproxima o público das raízes culturais e reforça o seu compromisso com a tradição.
Já com o “Sem Ninguém”, Ceuzany revitaliza o clássico em homenagem directa ao artista Jorge Neto que deixou imortalizado o tema, cuja figura e pessoa são profundas marcas na intrínseca cultura popular cabo-verdiana.
Com “Tram Tchom”, Ceuzany volta a gravar um inédito do jovem autor contemporâneo Ary Mar ( Ary Kueka) em que a poesia sensível e o ritmo moderno representam o encontro entre a maturidade vocal da artista e a criatividade emergente de Ary.

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